Autismo e Homeopatia: Um Caminho Natural que Está Transformando Vidas
- Wanessa Simão
- 6 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de mai.

Você já imaginou um tratamento para o autismo que respeite a individualidade do seu filho, sem medicamentos pesados, sem rótulos, e com foco no equilíbrio emocional, comportamental e físico?
Foi isso que o Instituto Spandan, na Índia, buscou ao desenvolver uma abordagem integrativa que une a homeopatia clássica com terapias complementares. O resultado? Mais de 120 crianças com autismo apresentaram melhoras significativas, e muitas delas conseguiram se reintegrar à vida escolar e social com mais autonomia e bem-estar.
Como a homeopatia atua no autismo?
A grande diferença da homeopatia é que ela não olha apenas o diagnóstico. Ela observa a criança como um todo: seus medos, comportamentos, reações ao ambiente, preferências alimentares, histórico emocional e até o que aconteceu durante a gestação ou após infecções e vacinas.
Com base nesse olhar detalhado, o tratamento é personalizado, escolhendo o remédio que mais se aproxima do “retrato” daquela criança.
Alguns exemplos comuns:
Carcinosinum: para crianças sensíveis, afetuosas, que sofreram traumas emocionais.
Borax: indicado quando há medo intenso de barulhos ou movimentos bruscos.
Stramonium: para crianças com muito medo, hiperatividade e comportamentos desorganizados.
Nux vomica, Opium e Tuberculinum: usados em casos de regressão após doenças ou vacinação, quando há perda de linguagem ou hiperatividade intensa.
O caso real que tocou corações
S., um menino de 3 anos diagnosticado com autismo moderado, era muito agitado, não falava quase nada, evitava contato visual e tinha medo de sons altos e quedas. Seus pais estavam desesperançosos.
Após iniciar tratamento com o medicamento homeopático Borax, ele passou a falar, a se comunicar, a brincar com outras crianças e a se mostrar mais presente no ambiente familiar.
Dois anos depois, S. foi aceito em uma escola regular, passou a se destacar academicamente e socialmente, e suas avaliações indicaram que ele não se enquadrava mais nos critérios diagnósticos de autismo. Seu pai, emocionado, declarou:
“O que vivemos foi como presenciar um milagre em nossa casa. O que a medicina convencional não conseguiu, a homeopatia trouxe com amor, paciência e eficácia.”
O que pode desencadear ou agravar o autismo?
O estudo também trouxe um olhar ampliado para as possíveis causas do autismo, observando que muitos casos surgiram após:
Traumas emocionais intensos (como luto ou rejeição);
Infecções graves na infância (como pneumonia ou encefalites);
Estresse materno durante a gestação;
Reações pós-vacinação (especialmente após MMR).
Esses fatores, quando considerados na história clínica, ajudam a compor o tratamento homeopático com mais precisão.
Evidência científica e resultados do estudo
Entre 2006 e 2009, o Instituto Spandan realizou um estudo com 60 crianças com diferentes graus de autismo. Os resultados foram animadores:
60% apresentaram melhora significativa nos primeiros 6 meses;
Em 15% dos casos, os sintomas desapareceram a ponto de a criança não ser mais considerada autista;
Houve avanço na linguagem, atenção, interação social e controle emocional.
Conclusão: há um caminho além dos rótulos
A homeopatia não é uma promessa de cura, mas um convite a olhar seu filho com mais profundidade e amor. É uma ferramenta potente que pode suavizar sintomas, reduzir sofrimentos e revelar todo o potencial escondido por trás dos comportamentos desafiadores.
Se você sente que seu filho está preso num mundo que parece inalcançável, saiba que existem alternativas naturais, respeitosas e eficazes. A história de S. é só uma entre tantas. O seu filho também pode florescer.
BARVALIA, Praful. Autism Spectrum Disorder: Holistic Homoeopathy – Part 1. Homœopathic Links, Stuttgart, v. 24, n. 1, p. 31–38, mar. 2011. Disponível em: https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0030-1250752.
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